O Yi Jing ou I Ching, que
traduzido significa “o clássico das
transformações”, é um dos livros mais antigos, se não o livro mais antigo
do mundo. Provavelmente, os seus textos sobre ética e metafísica – é aqui que
se trata pela primeira vez a questão do Yin/Yang – foram reunidos como manual
de uma escola de adivinhos entre 1100 e 400 a.C.
O I Ching era considerado no Confucionismo como um dos “cinco livros clássicos” e actualmente
ainda é conhecido por todos os eruditos na China. Ainda hoje, os chineses
consideram que o I Ching assenta em
princípios divinos, contendo as leis da transformação das coisas e dos
acontecimentos e seguindo a crença fundamental de que a natureza e a vida se
encontram num ciclo de evolução e declínio.
A essência desta obra
expressa-se nas afirmações:
- “Só poderão obter saúde e bem-estar se o vosso espírito repousar no
centro, se não desperdiçarem a vossa energia e mantiverem constante o fluxo de
Qi e de Sangue, se se adaptarem às transformações das estações do ano e às
influências macrocósmicas anuais e se alimentarem preventivamente o vosso eu”.
Neste ensinamento teve
origem a tese:
- “Os
sábios não tratam aqueles que já estão doentes, mas sim os que ainda estão
saudáveis”.
Os 8 trigramas representam
uma expansão da teoria Yin/Yang. Cada trigrama é composto por 3 linhas que
estão interrompidas ou atravessadas. As atravessadas correspondem ao Yang, as
interrompidas ao Yin. Os trigramas resultam da interacção constante entre Yin e
Yang, a partir dos quais cresce novamente uma espécie de árvore genealógica.
Dos 8 formam-se 64 pares
de trigramas – os 64 hexagramas do I
Ching. Da sua interacção, forma-se a multiplicidade de todas as coisas do
cosmos, as denominadas 10 000 coisas, que constituem os princípios fundamentais
da filosofia prática do I Ching. As
linhas do trigrama, pelas quais se ordenam o Yin e o Yang, existem em todo o
universo para todos os fenómenos.
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