TRATAR CRIANÇAS COM MEDICINA CHINESA

Pediatria é uma das mais antigas especialidades de Medicina Chinesa e data desde o início do primeiro milénio. Desde então, tem havido um contínuo desenvolvimento no estabelecimento de diagnósticos pediátricos assim como no tratamento de doenças em bebés e crianças.

Antigas gerações de médicos chineses descobriram variadas características comuns a todas as crianças. As diferentes modalidades da Medicina Chinesa - fitoterapia, acupunctura, massagem chinesa e dietética - têm ajudado a tratar as crianças, oferendo soluções para os seus problemas de saúde, ao longo de mais de 2 mil anos.

Esta forma de medicina asiática, é a mais antiga e constitui o segundo sistema médico mais amplamente utilizado em todo o mundo, na actualidade - mais de 1/4 da população mundial.
Ao contrário da Medicina Ocidental, esta medicina, que tem vindo a dar provas da sua eficácia ao longo do tempo, trata e "vê" cada pessoa como um ser único (e não baseando-se apenas na doença ou sintoma de que padece).

A Medicina Chinesa consiste numa modalidade de cura não invasiva que facilita a natural capacidade do corpo para se curar a si mesmo, restaurando a harmonia e o equilíbrio individual.

De acordo com a Medicina Chinesa, as crianças não se consideram adultos em miniatura. Elas possuem uma natural imaturidade quer física, quer funcional e até emotiva. Assim sendo, a grande maioria das doenças pediátricas devem-se a esta imaturidade.

Por esta razão:
- o corpo das crianças é imaturo e consequentemente débil;
- as crianças são susceptíveis a doenças que afectem os pulmões (tais como constipações fáceis, tosse, alergias e asma) e o baço (problemas digestivos tais como cólicas, vómitos, diarreia, indigestão, dor de estômago e obstipação).

A Medicina Chinesa tem-se mostrado muito útil ao oferecer benefícios clínicos consideráveis, especialmente a pacientes que não obtiveram resposta a outras formas de tratamentos.
O tratamento de doenças em bebés e crianças, utilizando a Medicina Chinesa, oferece uma cura efectiva uma vez que trata a doença em vez de controlar ou suprimir as suas manifestações ou sintomas e não existem os efeitos colaterais associados a medicação repetitiva ou tomada por longos períodos de tempo.

Falamos, então, de bebés e crianças - sem autonomia própria para realizar escolhas ou seguir sugestões relacionadas com estilo de vida saudável. Isto fará, naturalmente, com que os seus pais sejam consciencializados e incentivados a assumirem o papel, importante e imprescindível, de participantes activos no processo curativo dos seus filhos.

Em pediatria recorre-se fundamentalmente a quatro principais métodos de tratamento:
- Dietética;
- Medicina Herbal Chinesa;
- Massagem Chinesa Pediátrica;
- Acupunctura.

Adaptado de:

"Treating Children with Tradicional Chinese Medicine", de Laura L. Eckund, Pacific College of Oriental Medicine

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CHUCRUTE - COUVE FERMENTADA

O CHUCRUTE é um bom exemplo de ALIMENTO FERMENTADO e, portanto, considerado alimento probiótico - aporta uma quantidade suficiente de micro-organismos apropriados para repovoar a flora intestinal. 

Para que um produto seja um bom probiótico deve conter bactérias que resistam à passagem pelo aparelho digestivo e consigam chegar ao cólon intactas, para poderem exercer o seu efeito positivo na flora bacteriana.

Usos Terapêuticos dos Probióticos:

- Previnem as doenças urogenitais;

- Reduzem a obstipação;

- Protegem contra a diarreia (reduzem diarreia produzida pelos antibióticos ou pela quimioterapia);

- Protegem contra o cancro (sobretudo do cólon e da Bexiga);

- Protegem contra a osteoporose;

- São úteis para erradicar o Helicobacter pylori, uma bactéria que está relacionada com o surgimento do cancro do estômago e do linfoma MALT. 

CHUCRUTE ROXA - Receita:

O CHUCRUTE trata-se de um prato típico do Norte da Europa. Normalmente, é feito com couve branca, mas pode ser feito com couve-roxa. Pode consumi-lo diariamente em pequenas quantidades, juntamente com a salada ou sobre uma sopa, já servida no prato.

Ingredientes:

- 1 a 2 couves-roxas grandes

- 2 folhas de louro

- 2 dentes de alho esmagados

- 1 ramo de funcho

- 1 colher de sopa de pimenta preta em grão

- sal marinho integral

Preparação:

- Lavar bem as couves, retirando as folhas mais velhas e o talo interior.

- Cortar as couves em tiras fininhas, escorrer e colocar numa taça larga.

- Cobrir com uma quantidade generosa de sal e amassar por uns minutos até que a couve comece a amolecer.

- Misturar o resto dos ingredientes. Colocar um prato por cima com algum peso e deixar repousar entre 30 a 60 minutos.

- Colocar tudo num frasco de vidro hermético e esterilizado, pressionando sempre muito bem à medida que se vai enchendo para evitar espaços de ar.

- Deixar repousar num local escuro e com temperatura amena e constante entre 3 a 5 dias.

- Quanto mais tempo ficar a fermentar mais saboroso fica e mais propriedades probióticas ganha.

- Depois de aberto, guardar no frigorífico entre 3 a 6 meses.

Guia Completo Anticancro, Dra. Odile Fernández Martínez, Marcador, 2014

Natural, O Grande Livro da Cozinha Vegetariana, Joana Alves, A Esfera dos Livros, 2015

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ALIMENTOS FERMENTADOS

ALIMENTOS FERMENTADOS

A fermentação dos alimentos é um processo de transformação natural que acompanha a nossa evolução desde o início dos tempos e por todos os cantos do mundo. Envolve a ajuda de milhares de bactérias, microorganismos que normalmente associamos a algo mau e devemos evitar a todo o custo. Mas algumas são na verdade mesmo muito nossas amigas.

Os nossos intestinos são a nossa base. São eles que condicionam directamente o estado geral da nossa saúde física, mental e emocional. É aqui que acontece a grande maioria dos processos fisiológicos que influenciam todo o nosso organismo e a saúde dos intestinos está directamente ligada a problemas como doenças crónicas, doenças auto-imunes, alergias, processos inflamatórios, depressão, fadiga, eczema e outros problemas de pele... 
Os nossos intestinos representam entre 60 a 80% do nosso Sistema Imunitário!

Uns intestinos saudáveis estão povoados por milhares e milhares de bactérias benéficas, uma grande família a que chamamos flora intestinal. Infelizmente, muitos dos hábitos dos nossos dias são extremamente destrutivos para esta delicada família, limpando tudo o que são bactérias boas e dando espaço a que as más se desenvolvam, pondo em causa o bom funcionamento intestinal e de todo o sistema digestivo. Alimentos processados, poucas fibras alimentares, os antibióticos, o stress e o excesso de bebidas alcoólicas são uma verdadeira bomba para o equilíbrio da flora intestinal.

Os ALIMENTOS FERMENTADOS, por outro lado, são probióticos, amigos da vida, e além de eles próprios nos fornecerem milhares de bactérias boas, promovem um ambiente benéfico para que elas se multipliquem e cresçam nos nossos intestinos. Depois de instaladas, estas pequenas bactérias vão ajudar a produzir enzimas, a decompor proteínas em moléculas mais simples, a absorver todos os nutrientes dos outros alimentos que ingerimos e a regularizar o trânsito intestinal. E quando tudo isto está a funcionar como deve ser, imagine o impacto benéfico que tem em todo o nosso organismo!

Assim, os ALIMENTOS FERMENTADOS devem estar presentes na nossa alimentação diariamente, e o ideal até era que acompanhassem todas as refeições. É importante consumirmos uma grande variedade, já que cada um deles nos vai dar bactérias diferentes, tornado a nossa flora intestinal numa grande e alegre família! ;)

Muitos podem ser feitos em casa mas se optar pelos de compra é importante que a escolha recaia naqueles que foram fermentados naturalmente sem nenhum produto químico que acelere o processo de fermentação e que não esteja pasteurizado, o que mata todas as bactérias boas que procuramos num probiótico.

"os nossos intestinos são a nossa raiz e têm a mesma função no corpo humano que as raízes das plantas têm para a saúde das mesmas. Uma planta com raízes fortes e um bom solo, cresce forte e saudável, da mesma forma que uns intestinos saudáveis criam seres humanos saudáveis." 

Francisco Varatojo

Natural, o grande livro da cozinha vegetariana, Joana Alves, A Esfera dos Livros, 2015

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