segunda-feira, 9 de setembro de 2013

FÁRMACOS (1/2)

“Um dos principais deveres de um médico é o de educar as massas e não o de prescrever medicamentos.”
Sr. William Osler (1849-1919), figura relevante na história da medicina, 
conhecido como “o cientista mais influente da sua época”.



Nos dias de hoje existe uma extrema confiança nos fármacos, que se tornaram parte integrante do estilo de vida moderno. Basta ligar o rádio ou a televisão para nos depararmos com publicidade de novos fármacos capazes de tratar qualquer doença humana.

Invariavelmente, a lista dos (graves) efeitos secundários de cada fármaco é até referida… mas rapidamente, com o objectivo de diminuir a sua importância.
No entanto, por vezes essa tentativa sai fracassada: basta recordar o escândalo que envolveu o gigante farmacêutico Merck & Co., Inc., no final de 2004, relativamente ao seu fármaco para a artrite VIOXX®. Inicialmente, a Merck admite publicamente que nos anteriores dois ou três anos morreram 16.000 pessoas em todo o mundo, devido aos efeitos colaterais deste fármaco, e retirou-o do mercado. Facto interessante é que os efeitos colaterais do VIOXX® tinham sido publicados pela Merck no Manual Pysicians’ Desk Reference (PDR).
Com a expansão do número de mortes provocadas, a Merck admite que cerca de 55.000 pessoas morreram pelos efeitos colaterais deste fármaco, cuja indicação terapêutica era aliviar dores de artrite. O facto verdadeiramente escandoloso foi que a U.S. Food and Drugs Administration (FDA) convidou a Merck a introduzir, novamente no mercado, o fármaco assassino, afirmando que as suas vantagens superavam os riscos!!!

Um outro fármaco utilizado excessivamente é o Ritalin®, habitualmente prescrito para crianças afectadas pelo considerado distúrbio de hiperactividade e défice de atenção. O Pysicians’ Desk Reference, lista que descreve todos os fármacos existentes no mercado e que podem ser prescritos pelos médicos, especifica que Ritalin® não será prescrito a menores de 6 anos e descreve os seguintes efeitos colaterais: inibição do crescimento, perda de apetite, dores abdominais, perda de peso, insónia e distúrbios visuais (não mencionando os muitos casos documentados de suicídio e homicídio relacionados com jovens que tomavam Ritalin®).
Apesar das advertências, a verdade é que este fármaco é administrado a crianças de dois, três e quatro anos, e provoca adição e graves sintomas. O médico Dr. Peter R. Breggin, director do International Center for the Study of Psychiatry and Psycology, escreveu um livro intitulado Talking Back to Ritalin, no qual enumera muitos estudos científicos ignorados pelos defensores de Ritalin. Ele escreve: “O Ritalin não corrije os desequilíbrios bioquímicos: pelo contrário, provoca-os. Existem provas de que a sua toma causa danos permanentes no cérebro da criança e nas suas funções”.


Não é difícil imaginar o que faz a todo o organismo em fase de desenvolvimento e ainda sem defesas imunitárias adequadas. Existem mais de cinco milhões de crianças norte americanas a tomar Ritalin. Qual será o seu estado de saúde, digamos, daqui a quinze anos??




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