quarta-feira, 10 de julho de 2013

FILOSOFIAS DA MEDICINA CHINESA


Apesar de existirem, tal como na medicina ocidental, tanto obras clássicas como quadros clínicos fundamentais e respectivas terapias, é difícil compreender ou aplicar a Medicina Chinesa sem uma compreensão profunda da sua filosofia.

Muito distantes dos esotéricos, os antigos filósofos chineses sempre se preocuparam com a dimensão prática da sua reflexão acerca dos homens e da natureza, bem como o culto da vida.
Em mais de 2000 anos a Medicina Chinesa resultou, especialmente através do confronto entre as duas tendências principais do pensamento filosófico chinês – o Confucionismo e o Taoísmo - num vasto sistema de diagnósticos, com diversas formas de terapia.

CONFUCIONISMO

A filosofia prática do Confucionismo consistia sobretudo numa ética familiar e social de tradição milenar chinesa. A esta ética pertencia, por exemplo, o culto dos antepassados, cujo corpo era oferecido intacto após a morte. Por esse motivo, era impensável autopsiar cadáveres. É também este o motivo pelo qual a interpretação chinesa da anatomia e da psicologia se diferencia nitidamente da interpretação ocidental. 
Os médicos chineses baseavam a sua interpretação das doenças estritamente na observação e no diagnóstico feito em pessoas vivas e intactas. Foi assim que ao longo dos séculos se desenvolveu na Medicina Chinesa, a arte da observação, que se continuou a aperfeiçoar ainda mais com a difícil auto-disciplina mantida pelos observadores.


Para Confúcio, uma boa formação de personalidade era condição ideal para a preservação da ética social tradicional. Segundo este filósofo, o conceito de solidariedade para com o próximo tinha um significado central. É a partir desta convicção que evoluem as cinco virtudes principais do Confucionismo: amor, lealdade, sabedoria, moralidade e respeito. 

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