sexta-feira, 24 de março de 2017

Consumo Individual de Água


Talvez o princípio mais importante relativamente ao consumo individual de água seja o de escutar a sabedoria do nosso corpo e tomar água de acordo com a nossa sede.

Se se ingere grande quantidade de água devido a trabalhos forçados ou por calor interno, o ideal é fazê-lo pelo menos 30 minutos antes ou uma hora depois das refeições. De outra forma, as enzimas digestivas e as secreções diluem-se, e os nutrientes dos alimentos não se absorvem eficazmente. Quando a água é ingerida durante as refeições, é melhor que seja apenas numa quantidade reduzida e preferencialmente morna. Poderá optar-se por beber um chá de ervas no final da refeição.

A quantidade óptima de água a ser ingerida varia consideravelmente de pessoa para pessoa, sendo que os requisitos de uma pessoa podem ser variáveis de um dia para outro. Ainda que o “ter sede” seja o indicador mais importante, quase ninguém se dá conta da sede que tem. 
Assim, tal como o nosso instinto natural de respirar profundamente pode ser prejudicado pela contaminação do ar, muitas pessoas não bebem água pela sua natureza impura. Geralmente, isto não é uma decisão consciente. Quando há a possibilidade de se obter água pura, o instinto de querer tomá-la persiste.


A maioria de nós deve aumentar a quantidade diária de água ingerida, mas uma recomendação da quantidade de água para cada pessoa é impossível. 

Os factores chave e as propriedades, assim como os seguintes sinais de excesso/insuficiência de água podem ajudar-nos a decidir tomar água e a estimular o nosso instinto de revitalização.

Factores chave que influenciam a necessidade pessoal de ingestão de água
A necessidade de beber água diminui com:
- um estilo de vida sedentário;
- o consumo de fruta, vegetais e germinados;
- condições de Frio/Deficiência;
- climas frios e húmidos.
A necessidade de beber água aumenta com:
- actividade física;
- consumo excessivo de carne, ovos e alimentos salgados;
- febre ou condições de Calor/Excesso;
- climas secos, quentes e ventosos.
Propriedades principais da água: relaxa, humedece, acalma, arrefece e dissolve.


Tipo de Dieta vs Consumo de Água
A maioria parte da água que os vegetarianos consomem provém principalmente dos alimentos. 
As verduras e as frutas, frequentemente, representam mais de 90% da água diariamente ingerida, e a maioria dos outros alimentos vegetarianos como os cereais e as leguminosas, quando cozinhados, representam mais de 80%. As sopas, caldos e chás são quase na sua totalidade, água.


1. Ingestão excessiva de água 
Beber demasiada água de qualquer proveniência pode causar sensações de frio e debilita a digestão e a energia do corpo. Este ponto de vista fundamenta-se nas tradições chinesas de cura, que afirmam que:

"O excesso de água desgasta o “fogo digestivo” do Baço-Pâncreas e dificulta a funções do conjunto Rins/Suprarrenais de promover calor e energia (qi)"

Isto aplica-se especialmente aos alimentos frios e à água fria. Quando estes se consomem em excesso, há um desejo de consumir produtos de origem animal numa tentativa de criar um equilíbrio (pois estes são de natureza comparativamente, mais quente), em vez de se dar preferência a frutas e verduras.

2. Ingestão insuficiente de água
O consumo insuficiente de água causa intoxicação no corpo assim como:
- stress, tensão, contracção, comer excessivamente, secura e danifica os Rins. Sintomas de calor como inflamações, febres e sensações de muito calor podem ocorrer.

Ainda que uma dieta baseada em carne (rica em gorduras) se relacione com insuficiência de líquidos no corpo, também é frequente encontrar esta insuficiência entre os vegetarianos que consomem grandes quantidades de alimentos salgados, pouca ou nenhuma sopa ou alimentos cozinhados em pouca quantidade de água.


A quantidade de água na dieta influencia significativamente o prolongar de uma boa saúde.
A saúde do corpo e as suas funções internas demonstram que a água ingerida é de facto utilizada e distribuída, necessária e imprescindível!



Adaptado de Sanando con alimentos integrales, de Paul Pitchford, North Atlantic Books

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