Talvez o princípio mais importante relativamente ao consumo individual de água seja o de escutar a sabedoria do nosso corpo e tomar água de acordo com a nossa sede.
Se se ingere grande quantidade de água devido a trabalhos
forçados ou por calor interno, o ideal é fazê-lo pelo menos 30 minutos antes ou uma hora depois das refeições. De
outra forma, as enzimas digestivas e as secreções diluem-se, e os nutrientes
dos alimentos não se absorvem eficazmente. Quando a água é ingerida durante as
refeições, é melhor que seja apenas numa
quantidade reduzida e preferencialmente morna. Poderá optar-se por beber um
chá de ervas no final da refeição.
A quantidade óptima de água a ser ingerida varia
consideravelmente de pessoa para pessoa, sendo que os requisitos de uma pessoa
podem ser variáveis de um dia para outro. Ainda que o “ter sede” seja o
indicador mais importante, quase ninguém se dá conta da sede que tem.
Assim,
tal como o nosso instinto natural de respirar profundamente pode ser
prejudicado pela contaminação do ar, muitas pessoas não bebem água pela sua
natureza impura. Geralmente, isto não é uma decisão consciente. Quando há a
possibilidade de se obter água pura, o instinto de querer tomá-la persiste.
A maioria de nós deve
aumentar a quantidade diária de água ingerida, mas uma recomendação da
quantidade de água para cada pessoa é impossível.
Os factores chave e as
propriedades, assim como os seguintes sinais de excesso/insuficiência de água
podem ajudar-nos a decidir tomar água e a estimular o nosso instinto de
revitalização.
Factores
chave que influenciam a necessidade pessoal de ingestão de água
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A necessidade de beber água
diminui com:
- um estilo de vida sedentário;
- o consumo de fruta, vegetais e germinados;
- condições de Frio/Deficiência;
- climas frios e húmidos.
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A necessidade de beber água
aumenta com:
- actividade física;
- consumo excessivo de carne, ovos e alimentos salgados;
- febre ou condições de Calor/Excesso;
- climas secos, quentes e ventosos.
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Propriedades
principais da água: relaxa, humedece, acalma, arrefece e dissolve.
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Tipo de Dieta vs Consumo de Água
A maioria parte da água que os vegetarianos consomem provém principalmente
dos alimentos.
As verduras e as frutas,
frequentemente, representam mais de 90%
da água diariamente ingerida, e a maioria dos outros alimentos vegetarianos
como os cereais e as leguminosas, quando
cozinhados, representam mais de 80%.
As sopas, caldos e chás são quase na sua
totalidade, água.
1. Ingestão excessiva de água
Beber demasiada água de qualquer proveniência pode causar sensações de frio e debilita a digestão e a
energia do corpo. Este ponto de vista fundamenta-se nas tradições chinesas de
cura, que afirmam que:
"O excesso de água
desgasta o “fogo digestivo” do Baço-Pâncreas e dificulta a funções do conjunto
Rins/Suprarrenais de promover calor e energia (qi)".
Isto aplica-se
especialmente aos alimentos frios e à água fria. Quando estes se consomem em
excesso, há um desejo de consumir produtos de origem animal numa tentativa de
criar um equilíbrio (pois estes são de natureza comparativamente, mais quente),
em vez de se dar preferência a frutas e verduras.
2. Ingestão insuficiente de água
O consumo insuficiente de água causa intoxicação no corpo assim
como:
- stress, tensão, contracção, comer excessivamente, secura e danifica os
Rins. Sintomas de calor como inflamações, febres e sensações de muito calor
podem ocorrer.
Ainda que uma dieta baseada em carne (rica em gorduras) se
relacione com insuficiência de líquidos no corpo, também é frequente encontrar
esta insuficiência entre os vegetarianos que consomem grandes quantidades de
alimentos salgados, pouca ou nenhuma sopa ou alimentos cozinhados em pouca
quantidade de água.
A quantidade de água na dieta influencia significativamente
o prolongar de uma boa saúde.
A saúde do corpo e as suas funções internas demonstram que a
água ingerida é de facto utilizada e distribuída, necessária e imprescindível!
Adaptado de Sanando con alimentos integrales, de Paul Pitchford, North Atlantic Books
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