sexta-feira, 29 de maio de 2015

EVITAR ANTIBIÓTICOS SEMPRE QUE POSSÍVEL


Os antibióticos são maravilhosos, em certos casos são os “salva-vidas”da medicina – isto, quando utilizados correctamente e com moderação.
Infelizmente, os antibióticos têm sido irresponsavelmente demasiado prescritos e erradamente administrados em condições em que não são efectivos, tais como infecções virais. Este facto tem levado ao desenvolvimento de diversas estirpes de bactérias infecciosas que se são resistentes ao tratamento com antibióticos.
Ainda assim, mesmo que não seja este o caso, os antibióticos devem estar reservados apenas para alguns casos em que são verdadeiramente necessários. Isto porque o seu efeito é demasiado potente – não elimina apenas as bactérias causadoras da doença, mas também, eliminam as “boas” bactérias, as quais permitem manter o estado saudável do nosso organismo.
Em particular, o trato digestivo é a “casa” onde muitas bactérias “boas” e fungos se alojam, numa relação simbiótica, na qual ambas as partes (as bactérias “boas” e o nosso corpo beneficiam). Estas bactérias e fungos ajudam na digestão dos alimentos e na eliminação dos produtos “tóxicos” da digestão.
Se, no entanto, os antibióticos são continuamente administrados, perturbam este equilíbrio. Daí em diante, diversos eventos, com repercussões profundamente negativas no nosso bem-estar e saúde, acontecem - resultado do descontrolo destas populações de bactérias e fungos, que se propagam:
1.       Bactérias e fungos invadem o interior do corpo, saindo do trato digestivo; uma vez “fora” da sua “casa”, elas terão que se proteger a si mesmas do ataque do nosso sistema imunitário; neste sentido, elas irão inteligentemente produzir substâncias que a) enfraquecem o sistema imunitário, tornando-o menos eficiente, e b) debilitam o equilíbrio hormonal do corpo (impedindo a homeostase salutar e normal);
2.       Eventualmente bactérias e fungos morrem, tornando-se moléculas que o nosso sistema imunitário reconhece como estranhas e realiza uma nova resposta ou ataque; assim, toda esta situação enfraquece o sistema imunitário, confundindo-o e causando a perpetuação de “combates” entre bactérias e fungos causadores de doenças e os produtos que actuam com o intuito de os eliminar;

3.       Bactérias e fungos atravessam as paredes dos intestinos, tornando-as permeáveis a moléculas de alimentos não digeridas, que o organismo reconhece como estranhas, desencadeando-se outro ataque ou resposta imunitária; então, o corpo (doente) torna-se alérgico as estas moléculas – alergia não é mais do que uma resposta imunitária a uma substância que, em pessoas saudáveis, não causa normalmente uma reacção imunitária (a mesma substância, não é reconhecida como estranha).



Deste modo, todo o processo de eliminação de bactérias “boas” por utilização repetida de antibióticos leva a:
1.       Flora intestinal débil;
2.       Desregulação hormonal do sistema imunitário;
3.       Perpetuação de respostas alérgicas.

Finalmente e por tudo isto, o sistema imunitário é sujeito a excessivo trabalho e a um permanente desequilíbrio, perdendo o discernimento entre o que é estranho e o que não é – acontecem auto-ataques que originam as chamadas doenças auto-imunes, tais como, artrite reumatóide, esclerose múltipla, lupus, etc.
Este cenário está envolvido nos mecanismos que originam a maioria das patologias nos países desenvolvidos, especialmente: alergias, debilidade do sistema imunitário, doenças auto-imunes, mas também em condições virais, incluindo a diabetes.
Relaciona-se igualmente com problemas ginecológicos: endometriose, infertilidade imunológica, tensão pré-menstrual associado a  inflamações da tiróide e ovários.
Participa no aparecimento e evolução de muitos tipos de cancro.
O entendimento de todo este processo é a chave para o e sucesso no tratamento de patologias como: dor de ouvidos crónica e recorrente, tosse crónica e recorrente, alergias crónicas, incluindo eczema e asma alérgico, sobretudo nas crianças.

Bob Flaws - Keeping Your Child Healthy with Chinese Medicine, The Prevention of Disease and Promotion of Health, Blue Poppy, 1996



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