A nutrição ideal, e o seu impacto na saúde dos seres
humanos, continua a ser o motivo de debate e por vezes de cepticismo,
principalmente porque cada um procura defender o seu ponto de vista ou as suas
preferências em relação à alimentação.
No entanto, a grande quantidade de dados científicos que
comprovam como uma nutrição de qualidade suporta as funções imunológicas – ou seja,
aumenta as defesas contra infecções e cancro – tem sido surpreendente nos
últimos anos.
Qualquer pessoa que se debruce sobre o estudo da nutrição e
siga as últimas conclusões percebe que há determinados alimentos naturais, os
chamados superalimentos (já que levam à superimunidade), que contêm
MICRONUTRIENTES com efeitos protectores profundos. Há provas suficientes de
que, ao definirmos um padrão de dieta rico em MICRONUTRIENTES, percebemos qual
o segredo de uma saúde excelente e da fonte de juventude.
Micronutrientes
Os primeiros MICRONUTRIENTES foram encontrados nos anos 30:
as Vitaminas e os Minerais. Os cientistas que levaram a
cabo este estudo isolaram as partes das plantas que nos fornecem energia em
forma de calorias e deram-lhes o nome de MACRONUTRIENTES – que incluem as gorduras, os hidratos de carbono e as proteínas.
Todos eles contêm calorias, necessárias para a nossa sobrevivência. A água
também se considera macronutriente, embora não contenha calorias.
MACRONUTRIENTES
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MICRONUTRIENTES
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Gorduras
Hidratos de carbono
Proteínas
Água
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Vitaminas
Minerais
Fitoquímicos
Enzimas
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Nessa mesma época, os cientistas descobriram que a insuficiência de certos MICRONUTRIENTES
poderia provocar doenças graves:
CARÊNCIAS
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DOENÇAS
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Vitamina A
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Xeroftalmia
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Tiamina (Vitamina B1)
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Beribéri
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Niacina (Vitamina B3)
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Pelagra
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Vitamina C
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Escorbuto
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Vitamina D
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Raquitismo e Osteoporose
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Iodo
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Bócio e Cretinismo
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Ferro
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Anemia e Atraso mental
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Nos anos 40, a indústria de suplementos vitamínicos
tornou-se a galinha dos ovos de ouro:
as pessoas eram aconselhadas a beber sumo de laranja e a tomar comprimidos de
Vitamina C, e a indústria alimentar
passou a introduzir suplementos de Vitaminas A, B e D nos produtos alimentares
transformados.
Nos anos 50 e 60, deu-se mais um aumento deste tipo de produtos alimentares enriquecidos. Nos
países desenvolvidos, os alimentos
processados acabaram por substituir os alimentos naturais, tornando-se a
maior fonte de calorias.
O princípio da fast
food
Ao longo da década de 60, as cadeias de fast food começaram a espalhar-se por toda a América e, nos anos
70, constituíam uma indústria que ascendia aos seis milhões de dólares (anuais,
só nos EUA). Em 20 anos, ou pouco mais, chegaram a todo o lado.
O reforço dos alimentos tornou-se uma estratégia para compensar a insuficiência de nutrientes,
própria dos produtos alimentares transformados.
Existem, actualmente, alimentos carregados de calorias por
toda a parte, mas sem MICRONUTRIENTES na sua composição.
E qual é o resultado de tudo isto?
Hoje em
dia, muita gente vive de produtos transformados, comida pré-cozinhada e fast
food. Da nossa alimentação quase não constam vegetais, os cogumelos, as
leguminosas ou as sementes!
Seguindo a direcção errada
Os produtos alimentares enriquecidos surgiram num momento
inicial das ciências da nutrição e apenas num segmento: cientistas e Governo
(s) achavam que se podiam prevenir complicações de saúde provenientes da má
alimentação, das más escolhas alimentares ou dos produtos alimentares inadequados,
ao proporcionar simplesmente os tais MICRONUTRIENTES que faltavam.
Apesar de o reforço
destes nutrientes ter curado e prevenido uma série de doenças por insuficiência,
esta abordagem gerou uma revolução nos alimentos transformados e na comida de
plástico, que colocou os nossos hábitos
alimentares e a saúde na direcção errada.
Esta mentalidade ainda existe actualmente, e continua a ser prejudicial, sobretudo de duas formas:
1. A alteração dos hábitos alimentares contribuiu
para a deterioração do nosso sistema
imunitário e expôs-nos a centenas de doenças;
2. A
simplificação excessiva da nutrição humana levou ao aparecimento de fórmulas médicas na composição dos alimentos, como
nos produtos para bebés, alimentação hospitalar líquida, bebidas nutricionais enriquecidas e suplementos alimentares. Todos estes
produtos contribuem para problemas de saúde e, em última análise, para o desenvolvimento
do cancro bem como de outras doenças crónicas.
Alimentação igual a Saúde, "Superimunidade" - Dr. Joel Fuhrman, Lua de Papel
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