quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A ARTE DE MASTIGAR

O processo digestivo inicia-se pela arte de mastigar. Mastigue muito bem para polarizar os alimentos com o seu organismo e para permitir uma boa digestão sem obstruções.

Se tem pressa no tempo da refeição, simplesmente mastigue e deixe que o mastigar o acalme. Sentir-se-á agradecido e desfrutará de todos os sabores e aromas.


A digestão dos hidratos de carbono começa na boca. A arte de mastigar converte os cereais e outros hidratos de carbono complexos em açúcares e produz azeites, proteínas e minerais que ajudam na sua máxima absorção. Os alimentos integrais de origem vegetal, especialmente os cereais integrais, devem misturar-se bem com a saliva e serem mastigados até que o líquido solte todo o seu valor nutritivo. Se não mastiga adequadamente, sentir-se-á pesado, terá gases e não se nutrirá. A carne, as gorduras, os doces e os alimentos processados satisfazem de imediato o desejo pelo sabor, mas pouco tempo depois, fazem “adormecer” as papilas gustativas. Quanto mais se mastiguem estes alimentos, pior se tornará o seu sabor. Quanto mais se mastiguem os hidratos de carbono integrais, mais doce será o seu sabor. É importante tornar mais eficiente a digestão pois assim começará a sentir o seu corpo mais leve.
Para iniciar o seu hábito de mastigar correctamente, inicie a sua refeição mastigando cada porção de comida 30 a 50 vezes. Isto permitirá que pouse os seus talheres por alguns momentos.

O nutricionista americano Horace Fletcher (1849-1919) tornou-se famoso pelo “fletcherismo”a arte de mastigar minuciosamente. As tradições japonesas e chinesas também nos ensinam os benefícios de mastigar a comida muito bem. Actualmente, a maioria das pessoas tem que reaprender esta arte esquecida para poder obter uma transição dietética com êxito e disfrutar dos alimentos integrais.



REACÇÕES DE CURA (Transição dietética)

As reacções sentem-se de forma idêntica a uma doença ou trauma emocional, mas muitas vezes, com menor intensidade.  A maioria das reacções significam que o corpo está a eliminar toxinas. As manifestações podem ser sérias, graves ou moderadas dependendo da habilidade necessária que a pessoa tenha para controlar o processo.


1. Tensão ou dor na parte superior das costas e pescoço, pode irradiar até à cabeça, ao abdómen, braços ou pernas; até à parte mais alta da cabeça e dedos das mãos e dos pés. Pode ocorrer nos órgãos internos - área do Fígado (abaixo do lado direito da caixa torácica). A dor de cabeça é comum;

2. Vómito;

3. Gases, borborismos (ruídos) intestinais, diarreia, etc;

4. Debilidade, perda de peso, sensações de frio e/ou calor (o corpo está a eliminar violentamente as toxinas, antes de iniciar os processos de reconstrução e fortalecimento);

5. Reacções típicas emocionais – impaciência, intolerância, coragem/depressão;

6. Maior sonolência e sonhos muito irreais;

7. Menstruação cessa, em algumas situações (reaparece assim que a digestão fique estável e as funções do Fígado e Rins reestabelecidas);

8. Desejo sexual diminui, especialmente nos homens, mas tornar-se-á mais equilibrado que anteriormente (função dos Rins e Suprarrenais é fortalecida);

9. Possíveis descargas/excreções – forúnculos, borbulhas, odor intenso do corpo, fluídos nasais e vaginais, língua com capa, fezes escuras.

A maioria das “reacções de cura” implicam dor e eliminação de excreções, acontecem durante menos de uma semana, mas em alguns casos duram mais tempo. Nesta etapa, o corpo necessita menos da função sexual/reprodutiva pelo que o ressurgimento da energia sexual e menstrual pode tardar mais algum tempo. Não é recomendável que uma mulher mude drasticamente a sua alimentação durante a gravidez pois a libertação de toxinas pode prejudicar o feto, podendo originar aborto espontâneo. Deve, isso sim, não ingerir produtos extremos como substâncias tóxicas, produtos altamente refinados e repletos de químicos.






TRANSIÇÃO DIETÉTICA

A alteração do tipo de dieta implica mudanças de estilo de vida e atitude que dependerão de cada indivíduo – da sua decisão e compromisso, da sua força ou debilidade, das diferenças entre a dieta prévia e a nova e da rapidez da transição dietética.



“A relação entre alimento e personalidade não é claramente precisa, uma vez que algumas pessoas comendo mal, ainda mantêm integridade emocional. Uma dieta inadequada, no entanto, desgastará eventualmente os corpos e as mentes mais fortes”.

Seguindo um caminho através de uma acção acertada, avançamos aceleradamente através de ciclos de consciência. Para progredir é necessário resolver todas as situações negativas acumuladas no nosso corpo e mente, seleccionando actividades apropriadas a cada momento. 
A transição para uma dieta apropriada é uma decisão individual, assim o desenrolar deste processo variará de pessoa para pessoa.
Para as pessoas que escolhem uma dieta para impressionar os outros, para estar na moda, para obter mais poder ou para se tornarem “sãs” sem nenhuma intenção de partilhar com os outros aquilo que se aprende, a transição dietética será muito mais difícil.
Quando se escolhe uma dieta porque se é guiado por princípios ideais, como escolher uma dieta por ser mais humana – não promovendo a morte de animais (vegetarianismo) ou não exercendo nenhum poder ou opressão sobre populações de países em desenvolvimento (evitar produtos de corporações multinacionais) – então, haverá menos complicações na transição dietética, existirá uma atitude mais sã e assim, será possível um melhor discernimento face à futura selecção de alimentos para a dieta.

Quando uma nova dieta se adopta, podem acontecer algumas reacções devido a mudanças nos processos bioquímicos que ocorrem dentro de cada célula. Se a nova dieta é mais purificadora, então as velhas toxinas libertam-se, algumas vezes provocando incómodo e sensações de mau-estar -  a isto, se chamam “reacções de cura”. Tais alterações a nível celular afectam também a mente e emoções, transformando padrões mentais e emocionais enraizados no ADN e ARN nas células do nosso corpo.